terça-feira, 30 de junho de 2009

Besouro - O Filme



Mesmo com o fim da escravidão, porém, devido à ausência de um planejamento que pudesse inserir dignamente esses "novos atores" na sociedade, os negros continuaram vivendo como escravos. Salários miseráveis, péssimas condições de trabalho, racismo exarcebado e inumeras limitações sociais, acabaram por colocar os negros em situação marginalizada. Questões como essa refletem até hoje em nossa sociedade.
Em contrapartida, a escravidão e a consequente misigenação permitiram que a cultura africana - uma das matrizes da formação cultural brasileira - aportasse nessas terras junto com os negros, (oriundos de diversas etnias daquele continente) que vinham apinhados nos famigerados navios negreiros. Isso permitiu - somado às culturas indigenas e européias - a formação de um pais multicultural.
Dentro de todo esse "balaio" temos na Capoeira uma das expressões culturais mais legítimas, arte marcial desenvoilvida por afrodescendentes em terras brasileira. Acredito que nada disso seja novidade para a maioria dos leitores desse blog.
Agora, o nosso "tão crescente cinema brasileiro", decidiu mostrar um pouco dessa belíssma expressão cultural.
Com estréia prevista para outubro, o longa "Besouro - O filme", dá a impressão que irá lotar as salas de cinema. Numa mistura de história, aventura e fantasia, com direito a voôs bem no estilo Herói e O Clã das Adagas Voadoras o filme conta a história do lendário capoeirista que dá nome ao filme. Assistindo ao trailler - que até a data deste post contava com 43863 exibições no Youtube - pode-se esperar uma grande aventura ambientada no sertão baiano na década de 1920 .

Besouro Mangangá nasceu Manoel Henrique, mas carregou tal alcunha (devido a sua flexibilidade e capacidade de "desaparecer" quando necessário fosse) para o resto de sua vida como manda a tradição. "Omi" de corpo fechado, cujo punhais e balas não o feriam, mostrou desde muito novo uma desenvoltura impar na capoeira que aprendeu nas ruas de Santo Amaro da Purificação, Bahia. Gênio forte, sempre amparado por suas crenças no Camdomblé se tornou uma personalidade quase mítica, fascinando não só capoeiristas como interessados em geral.
Besouro - O Filme é o longa de estreia do diretor João Daniel Tikhomiroff e foi inspirado no livro "Feijoada no Paraíso" do escritor, cartunista e publicitário Marco Carvalho (56) que também colaborou no roteiro. Marco se viu motivado a escrever a história do capoeirista quando na década de 1980 se tornou um praticante e se viu através da tradição oral embalado pelas grandes histórias que ouvia sobre o "omi que avoa".


Agradeço ao Arthur que deu o toque a respeito do filme

terça-feira, 23 de junho de 2009

DEUS ESTÁ MORTO
Friedrich Nietzsche
NIETZSCHE ESTÁ MORTO
Deus
Essa é velha...

quarta-feira, 17 de junho de 2009

desornenurbes #2 RJ

quarta-feira, 10 de junho de 2009

desornenurbes #1 BHz

sexta-feira, 5 de junho de 2009

MAIS LOSNA? PORQUÊ?

Tudo começa em 1997, quando um desejo, uma ânsia, por novidades tomou por completo um garoto e uma garota de uma certa rua, num certo, bairro de onde se via um tal Belo Horizonte. Ela nos seus recentes 18 anos e ele já enfastiado pelo 17, que na sua opnião já haviam passado da hora de passar.

A nova música, o novo conceito, a nova roupa com velhas fibras, o inusitado pisante, enfim, o novo, o instigante e o clássico que também era novidade, o que nos cercava nos cercava e nos estimulava. Daí uma grande vontade de produzir se fez presente, o "do it yourself", na sua plenitude. Então, tudo aquilo que nos movia, nos dava vontade de tomar partido e dar "pitaco".


À época, as novas tecnologias digitais não eram tão populares e o acesso bem restrito. O underground era "under" mesmo. Ser independente exigia muito esforço, seja qual for a vertente cultural seguida, hoje dá uma sensação de que era mais prazeiroso, pois, quando se via o resultado vinha junto a satisfação do esforço e do trabalho realizado.

Mesmo sem tecnologia a coisa funcionava e bem. Uma grande rede de intusiastas fazia a coisa acontecer. Fitas e cd's demos, gravar uma fita já era caro um cd então? Era um luxo e uma luta, a tradicional mesa ou stand com material independente nos espaço de shows angariava fundos para quem os produzia, fundos esses apenas para custear as despesas. Não podemos esquecer também dos flyers.
E num dos fios dessa rede estava o veículo que cuidava da divulgação, da informação e da parte jornalistica; com muita criatividade, poucos recursos, muito xerox e vontade o FANZINE.

Publicação independente (prometo falar mais empiricamente sobre fanzines em postagens futuras) com assuntos diversos e em formatos diversos. Nos primeiros rolês de verdade na noite da capital mineira começamos a ser alvejados e seduzidos por tudo isto e portanto resolvemos dar nossa parcela de contribuição. Assim, numa tarde quente de idéias (nem todas eram quentes mas em todas as idéias esguichavam) decidimos editar o "Diário Alternativo", que teria a missão de ser mais um reporter da cena independente belorizontina. Foi então o nosso primeiro contato com mídias independentes.

Trabalhamos juntos, assistimos a shows, entrevistamos bandas, liamos o que podiamos, participavamos de feiras e faziamos contato com fanzineiros e bandas de outras cidades e estados.


A medida que o tempo ia passando os rumos foram mudando, tudo certo, tudo normal. Mais dois números do "diário", só que dessa vez sozinho. Mas a vontade de escrever nunca passou.

Alguns anos depois, numa proposta mais engajada, surgiu a idéia de um fanzine que falasse da cultura do bairro.



Na vivência descubrimos que tinhamos um consideravél contingente cultural, mas que jazia calado, porque talvez não sabiamos gritar para o lado certo. Conversa vai conversa vem... "Porque não um jornal, porque não um fanzine?" Boa, tava decidido.



Reuniões, conversas e tal, as coisas foram engatinhando, lentamente até o lançamento do primeiro número. É... só ficou nesse, mas a idéia não.



Por isso que eu to falando esse tanto agora. No intuito de continuar o foi feito no primeiro e único "O LOSNA", veio a idéia de reunir as mesmas propostas, as mesmas (e novas) pessoas, nessa tela que hoje podemos usar com dinamismo assustador, com muito mais possibilidades que antes.

Então se segura...



MÚSICALITERATURAFOTOGRAFIACINEMATEATROARTESPLÁSTICASHISTÓRIAJORNALISMOHUMOR


é mais ou menos isso que o visitante vai encontrar no novo "O Losna".


Entre sem bater, opine,leia, observe, assista, participe.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

: : SONHO MEU : : MARIA BETHÂNIA : :



Sonho
meu, sonho meu


Vai buscar quem mora
longe


Sonho meu

Vai
mostrar esta
saudade


Sonho meu

Com a
sua liberdade


Sonho
meu


No meu céu a estrela guia se perdeu

A
madrugada fria só me traz melancolia


Sonho meuSinto
o canto da noite


Na boca do vento

Fazer a dança das
flores


No meu pensamento

Traz a pureza de um
samba


Sentido,
marcado de mágoas de amor


Um samba que mexe o corpo
da gente


E o vento vadio embalando a
flor

Notória, busca explicar.
Forma abstrata,


por dizer melhor,
tratando de vastas comoções sem igual, esconde-las para si, metendo na caixa da exatidão, membros trêmulos, sedentos de gozo,
puro gozo matinal.
Vindo mais áureo,comovido há entrega surrada onde escapou muitos , urtigando com pouca sapiência nossa verdadeira transmissão via existência anormal ,que quase como água quente, se remexe em pequenas e calóricas gotículas.


Olhar de um ponto impar, absorver o aprendizado que, INEVITÁVEL QUE SÓ , mostra-se passivo no passar da serração que trás consigo moldes subversivo, que nos embaça as vistas de quase embriaguez, natural e consolável contemplação revogável nos sentidos de nascer melhor do que os pulos onde somos tragados aos minúsculos momentos de leveza.


Capops Omia

terça-feira, 2 de junho de 2009

Lenta, de passos mais largos, transmitindo e se envolvendo com tantas outras experiências, se mostram passivas, molengas, ao ponto de enraizar, cavar o chão e ir penetrando mais fundo, se emaranhando, entrelaçando,embolando em pequenos sentimentos e sensações, continua e mutáveis. Mais ainda assim com toda essa leveza de informações, cabeças não se deixam levar por tantas idéias, acabando envoltas em cubículos claustrofóbicos, acorrentadas pela maneira de acomodo, difícil tarefa de enxergar situações, que de tão lógicas se tornam ínfimas, só assim me deixo levar, que tais cabeças, que se apegam a idéias de fácil digestão, possam se alimentar de restos, e saboreando, sente o gosto da podridão, que imperceptível ao seu paladar pouco refinado de opiniões , lambem os lábios, na exaltação da dieta. sendo assim, a seleção que pode ser diferente no processo tornando cada vez mais provável o indiferente...