segunda-feira, 4 de julho de 2011

Rei Lagarto, Mojo Rising ou bebum pela saco?







Em Paris no 3 de julho de 1971 a história do rock perdia uma notória figura. James Douglas Morrison, mais conhecido com Jim Morrison sofria um fulminante ataque do coração falacendo em uma banheira de um hotel. Aos 27 anos, já havia conquistado fãs pelo mundo todo à frente do The Doors.
Mesmo que sua aparência e sua voz denunciavam certa decadência Jim e sua banda ainda lotavam estádios convidando bandos de hippies a abrirem as portas da percepção, convicto de que "O caminho do excesso leva ao palácio da sabedoria" (Willian Blake, poeta de que o cantor era fã). Daí surgiram ótimos discos, confusões em shows e banimentos de cidades.
Todo o sex appeal, a poesia e a rebeldia sedutora que Morrison emanava, caracteristicas muito celebradas até hoje (opinião não compartilhada pela equipe do blog) escondia uma figura que muitos não tem conhecimento.
É claro que muitos vão entender o que estou falando. Você sussa em algum buteco do Edifício Malleta tomando uma gelada, chega um cara chapado, certo de possuir toda a verdade do universo e começa a recitar poemas chulés se achando o último dos intelectuais boêmios. Daí senta na sua mesa e ainda quer filar sua cerveja. Era mais ou menos isso, ou esse, o verdadeiro Jim Morrison.
Certa vez ví uma entrevista do grande chato Marcelo Nova. Ele falava sobre o rolê que deu com Eric Burdon do Animals. Durante uma conversa Marcelo Pergunta à Eric sobre Jim Morrison, como ele era pessoalmente e tal, a reposta é mais ou menos essa: "Ele era um bebum chato. Ficava recitando poemas e babando na mesa de todos em qualquer bar."
Para comprovar existem algumas página do livro Mate-me, no qual algumas pessoas falam sobre a convivência com Jim. Um deles é o artista plástico Ronnie Cutrone:

"Eu amava Jim Morrison ternamente, mas não era divertido sair com Jim. Andei com ele em todas noites por quase um ano, e Jim saía, se encostava no bar, pedia oito vodcas com suco de laranja, tomava dois Tuinals, então tinha que mijar. mas não podia deixar os outros cinco drinques, então tirava o pau pra fora e mijava, e aparecia algumas garotas pra chupar o pau dele, e então ele terminava as outras cinco vodicas com suco de laranja e matava outros quatro Tuinals, e então mijava nas calças, e ai Eric Emerson e eu levávamos pra casa. Era a típica noite com Jim. Mas quando tomava ácido, dai Jim ficava realmente divertido e legal. Mas a maior parte do tempo ele não passava de um bêbado tomador de pílulas."
(Livro - Mate-Me Por Favor, V.1 - Gillian Mccain - Legs Mcneil )

Enfim a proposta não é desmerecer a grande obra de Jim e os Dooors e sim mostrar o cara por trás do clichê. Tanto que de presente vão aí os melhores discos eleitos pela redação do Olosna, a fim de que seu trabalho não seja esquecido e continue a ser celebrado.


1967 - Strange Days













1970 - Morrison Hotel












1971 - L.A. Woman














Pra finalizar, clique no link e leia algumas frases de Jim Morrison, tire suas conclusões e comente aqui no blog: http://www.frasesfamosas.com.br/de/jim-morrison.html

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