sexta-feira, 8 de julho de 2011

Cê tá achando que eu sou Loki bicho? "Loki - Arnaldo Batista" (2008)


Estava num shopping no centro de BxH, na fila, já em cima da hora pra comprar o ingresso e assistir Sin City, quando alguém passa e me chamada atenção. Vem aquela sensação de "putz conheço esse cara de algum lugar", até que:
- "BARALHO" é o Arnaldo Batista! Merda de fila, anda logo que eu vou lá tietar o cara e falar pra ele que ele é o culpado de tudo.
Ele se misturou na multidão, devidamente acompanhado de sua esposa e fiel escudeira Lucinha Barbosa, um passant qualquer desapercebido para os jovens e os velhos que ali estavam. E quando saí da fila não o ví mais.
Culpado porquê? Com ele aprendi a ouvir rock e música brasileira, num compacto que tinha "Minha Menina" e "Adeus Maria Fulô".
Diria que Arnaldo é uma das cabeças mais inventivas do rock. Trouxe nos anos 1960(juntamente com os compas do Mutantes) toda uma criatividade que faltava à música brasileira da época, que presa aos regionalismos da Tropicália - outro grande e importante movimento que contribuiu para minha formação musical - ainda não abrira os olhos para novas sonoridades e influências vindas do rock que à época marchava rumo à dominação do mundo. Mais tarde com a saída de Rita Lee dos Mutantes, Arnaldo e o irmão Sérgio continuam a experiência mutante lapidando o som a um rock progressivo digno de qualquer banda gringa.
Outras experiências surgiram, a fundação da Patrulha do Espaço o grande disco solo Loki, altos e baixas na vida pessoal decorrentes do uso de psicotrópicos e o disco de 2005 Let Be.
Uma trajetória linda e inspiradora é mostrada com detalhes e sensibilidade no 1º longa metragem produzido pelo Canal Brasil, "Loki - Arnaldo Batista" (2008).
Na pré-estréia nacional, no festival Cine BH, Arnaldo foi ovacionado e seguido até a saída do cinema pelos espectadores e fãs que assistiam ao filme e ficaram surpresos com sua presença na sala de exibição ao lado de John Ulhoa do Pato Fu, Lucinha e outros companheiros ao acender das luzes. Foi lindo.
E para vivenciar um pouco dessa experiência clique no nome do filme ao lado do cartaz e assista ao filme que se faz pertinente na 63ª primavera de Arnaldo celebrada nesse último 6 de julho.

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